• Jovens do sistema socioeducativo de Juazeiro do Norte levam alegria aos hospitais do Cariri

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5 de setembro de 2019 por 

Por Marcello Nunes | Foto: Projeto Faz me rir

As manhãs dos pacientes dos hospitais do Cariri estão sendo mudadas graças ao projeto “Faz me rir”, que está levando jovens do sistema socioeducativo de Juazeiro do Norte para realizar visitas na região. Vestidos de palhaços, os voluntários usam as apresentações artísticas para passar uma mensagem sobre amor, esperança e valorização da vida.

A ideia da ação social surgiu de Thiago Silva e Ilana Souza, membros da Comunidade Cristã Deus Presente, ao visitarem o Centro Socioeducativo José Bezerra de Menezes, onde conversaram com os jovens e apresentaram o seu trabalho com “palhaçoterapia” nos hospitais. A pedido do casal, os institucionalizados produziram flores de papel com mensagens de positividade para serem entregues aos pacientes e os presentes foram tão bem recebidos que a direção do Centro incentivou os meninos a se tornarem palhaços voluntários.

Acompanhados de agentes socioeducadores, os jovens puderam interagir com os pacientes e conhecer de perto a realidade de quem está internado e, ao contrário do tradicional, não receberam treinamento de palhaçaria. “A gente queria dar um choque de realidade e não colocá-los numa sala e tentar empurrar um conteúdo que eles nunca viram na vida”, conta Ilana.

As visitas acontecem todas as quintas pela manhã no Hospital São Vicente, em Barbalha, e no Instituto de Apoio à Criança com Câncer (ICC) e o Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte. “Eles [os voluntários] retiram os pacientes daquela situação de dor e, por um momento, com a sua alegria, fazem com que eles esqueçam o que estão passando. Eles mudam não só o humor dos pacientes, mas levam alegria e renovam a esperança de todos os profissionais que trabalham lá”, compartilha Raquel Oliveira, funcionária do Hospital Regional.

Ilana considera a interação entre paciente e voluntário enriquecedora para ambas as partes. Citando a Bíblia, a artista acredita que quem faz trabalho voluntário repensa os próprios problemas diante dos do próximo, enquanto o paciente se surpreende ao ver alguém que nunca conheceu desejando o melhor e passa a acreditar que existe “alguém olhando por ele”.

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