• Eles querem mais: estudantes criam grupo para produzirem notícias

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20 de maio de 2013 por 

Quem disse que o jornalismo impresso está perdendo o fôlego e com ele o interesse dos jovens estudantes da área? Sauanny Lima, Antonio Erlandes, Júnior Cardoso, Sarah Bezerra e Pablo Soares discordam. Eles estão no curso de Comunicação Social, da Universidade Federal do Ceará, em Juazeiro do Norte, e têm em comum o interesse e paixão pelo jornalismo impresso. Não achando suficiente a carga horária da disciplina, formaram um grupo independente de estudo e produção de notícias. Ao fim da experiência, eles pretendem lançar um pequeno jornal artesanal.

Montar uma pauta, criar uma notícia, fazer uma entrevista e conduzir uma grande reportagem. Esses são pontos essenciais que todo o jornalista deve saber fazer bem. E o pessoal do “Grupo de Impresso” não quer ficar para trás. Quinzenalmente eles se encontram em reunião de pauta e, com ajuda do professor José Anderson Sandes, ex-editor-chefe do Caderno 3 do Diário do Nordeste, simulam uma redação de jornal. Computadores dispostos, blocos de notas na mão, desejo pelo jornalismo e disposição para aprender. Juntos debatem o valor-notícia, qual a melhor apuração, como moer aquela pauta difícil e outras particularidades do texto jornalístico.

 

limaO QUE TORNA DIFERENTE

Lima Júnior é do terceiro semestre e se interessou pelo grupo assim que soube.
Com metodologia diferente da sala de aula, o “Grupo de Impresso” trabalha com poucas pessoas de modo mais ágil, produtivo e eficaz, como uma oficina de texto onde todos podem participar da construção das notícias. “Como a turma é muito extensa, não há um aprofundamento dentro de sala de aula. O grupo de produção é útil para quem realmente quer seguir na área de Impresso melhorar nesse aspecto”, comenta a participante Sauanny Lima. O estudante Antonio Erlandes de Lima Júnior está no terceiro semestre do curso e se interessou pelo grupo assim que o soube. “Lá a gente se sente na redação. Então ficamos mais a vontade para fazer os textos, se empolgar com eles e continuar no jornalismo”, diz instigado.

 

 

 

 

sauannyEXPERIMENTO

Sauanny Lima se diz ansiosa pela experiência do produto final O interesse do grupo, além de aprofundar o conhecimento, treinar as aptidões ao jornalismo, é publicar pequenos jornais artesanais com notícias sobre o cotidiano do campus da UFC, em Juazeiro, e sobre a comunidade em geral. “Acho que a iniciativa de fazer esse jornalzinho é maravilhosa” comenta Saunny. E ainda conta que como o curso não dispõe de uma imprensa universitária, a ideia é construir o jornal usando algumas das características do fanzine, como colagens, que demonstre bem o toque artesanal e experimental dos estudantes. “A gente ter um curso de jornalismo aqui e não produzimos nada é até banal” afirma.

 

 

 

 

anderson
EXPECTATIVAS

Ex-editor chefe do Caderno 3 do Diário do Nordeste, o professor Sandes é quem guia o grupo Ainda estão no começo da experiência, mas as expectativas são boas. O professor José Anderson Sandes, que está acompanhando o grupo, acredita que será uma experiência positiva para os estudantes e para o curso. “Os alunos estão muito interessados e, eu também, de que essa oficina de texto seja uma aventura muito positiva tanto para o professor, que está conduzindo, quanto os alunos que vão realmente a campo que vão buscar as informações inerentes que problematizem tanto as questões do campus, dos problemas que vivenciamos no dia a dia, quanto da própria cidade de Juazeiro do Norte” declara o professor.

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