Apesar de haver uma redução de casos em relação ao ano passado, a dengue ainda está levando muitos cidadãos cearenses aos Hospitais e Postos de Saúde.
Segundo dados do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa) no Nordeste o Ceará lidera em número de ocorrências da doença. Conforme o Boletim Semanal Epidemiológico divulgado no dia 02/05 pela Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, até o momento “Foram notificados 5.939 casos de dengue em 126 municípios. Destes, 2.116 casos foram confirmados em 69 localidades.
Destacam-se os municípios de Fortaleza com 461 casos e Tauá com 421 casos da doença”. Ainda segundo a Secretaria de Saúde, em Maio foram registrados 2 casos graves da doença em Juazeiro do Norte, porém com plena recuperação dos enfermos. Em Maracanaú ocorreu o primeiro óbito do ano por dengue no Ceará. Apesar disso, as autoridades da saúde do estado, confirmam uma queda no número de incidências da doença em relação ao ano passado.
A OMS estabeleceu novas classificações para a doença. Conforme as novas diretrizes, a dengue passa a ser reconhecida de acordo com suas características físicas e sintomáticas no paciente. Passa-se a ser considerada como dengue (outrora dengue clássica) os casos em que o enfermo apresenta febre alta, costumeiramente entre 39º, 40º ou mais, dores nas articulações, dor de cabeça e indisposição. Em caso de manifestação de dois ou mais sintomas, um médico deve ser consultado. Alertas da OMS foram criados para os casos em que, além dos sintomas da dengue clássica, o paciente manifestar sangramentos nas mucosas, dores abdominais intensas, vômitos intensos e queda de pressão arterial seguida de desmaios. Entre as recomendações de tratamento, a ajuda médica é fundamental. Hidratação constante é essencial para a recuperação dos acometidos com a enfermidade. Medicamentos à base de Ácido Acetil Salicílico, os famosos AAS devem ser evitados, por aumentarem o risco do desenvolvimento de hemorragias.
Com as chuvas a probabilidade de serem encontrados criadouros de mosquitos aumenta consideravelmente. Uma recomendação dos órgão de saúde é que as gestões municipais realizem ações que tenham o intuito de conscientizar a população para a eliminação dos locais de criação de Aedes Aegypti, O vetor da doença é a fêmea do mosquito, que voa em um raio de até 1000 metros do ninho. Locais de acúmulo de água, devem tratados para que não se formem locais de depósito de ovos de mosquitos. Mutirões populares de busca e destruição de criadouros são alternativas que não só auxiliam no trabalho dos agentes de endemias como também podem promover a integração para a conscientização da população sobre esta doença que muitas vezes é negligenciada, causando sérias consequências para a população cearense e brasileira.