4 de fevereiro de 2015 por 

Aventurar-se pelas belezas naturais da Chapada do Araripe tem se tornado cada vez mais frequente entre os praticantes de atividade física. É crescente o número de adeptos a explorar a Floresta Nacional do Araripe(Flona), seja nas caminhadas de quilômetros, ou de bicicleta, com grupos que estão antenados com a natureza do Cariri. O turismo ecológico tem sido mais estimulado na região.

Com fauna e flora singulares, estâncias hidrominerais, grutas e cachoeiras, o atrativo natural da região tem atraído grupos de educação ambiental. Eles têm visto nessas iniciativas uma boa oportunidade para adequar o prazer do esporte à conscientização ambiental.

De acordo com a direção do Geopark Araripe, não é possível precisar um número exato de trilhas na Chapada, mas algumas delas já são bem conhecidas. Normalmente, esses passeios têm sido feitos por grupos da própria região e pessoas que chegam de outras localidades, para conhecer de perto os atrativos da Chapada do Araripe. Técnicos do Geopark dão suporte nas trilhas  dos geossítios, que abrangem localidades do Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Barbalha, Santana do Cariri e Nova Olinda.

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Mapa Turístico criado pelo governo do estado do Ceará no Projeto Viva essa alegria

 

Opções

Em Santana do Cariri, por exemplo, pode ser percorrida uma pequena trilha que dá acesso ao Pontal da Santa Cruz. Lá de cima, o presente de uma bela imagem panorâmica da Chapada com o fim do percurso. Pelas áreas de encosta, há também a trilha do Picoto no Crato, uma das mais longas. Quem deseja contemplar a beleza da cachoeira de Missão Velha, também poderá buscar trilhas nas proximidades da área, além do Riacho do Meio, em Barbalha. Outra opção especial e misto de fé e amor pela natureza, para quem decidir caminhar pelo Santo Sepulcro, na Colina do Horto. Literalmente, o caminho das pedras, finalizando numa pequena capela, lugar de silêncio e oração, com a visão serrana do alto das pedras.

Planejamento

Para o sucesso nas trilhas temáticas é preciso planejar corretamente, desde os equipamentos ao preparo físico, estar devidamente alongado e hidratado. Conhecer o percurso também é fundamental. O professor de educação física e guia Eliab Hazael, aconselha o acompanhamento de um profissional ou turmas experientes no trajeto escolhido. Ele que vai auxiliar, contextualizando os integrantes sobre o que poderão encontrar no caminho, posturas essenciais diante do ambiente, entre outros detalhes.Para grupos com mais de cinco pessoas é necessário solicitar autorização junto ao IBAMA.

Percorrer os caminhos descobrindo novidades da natureza é um dos espetáculos da atividade. O contato tão próximo com o verde proporciona relaxamento mental e físico, diferente do excesso de informação, poluição sonora e visual dos grandes centros urbanos.

De duas rodas também vale. E assim também vão pelas veredas da Flona as centenas de ciclistas, que redescobriram o esporte radical de mountain bike, ou simplesmente o prazer de um passeio em contato com o aconchego das matas do Araripe. Hoje, são dezenas de grupos formados pelo Cariri que, pela manhã ou no fim da tarde, pedalam pelas trilhas. O esporte ganha adeptos em todos os pontos da região. Um dos grupos mais antigos é o Ecobiker’s, no Crato. Começou com seis apaixonados pelo esporte e hoje conta com mais de mil cadastrados.

Para iniciantes

O consultor técnico ciclista, Ernesto Rocha, diz que o projeto Bike Adventure será iniciado, principalmente, pensando nas pessoas que têm a vontade de participar desses grupos, ou que simplesmente venham à região e busquem conhecer as trilhas da Chapada. São inúmeros caminhos, segundo ele amante da natureza e caririense, é só encontrar o grupo, pensar por onde ir e sair pedalando.

Ernesto Rocha destaca ainda a segurança do trajeto e também o apoio dos técnicos que acompanham os esportistas. O projeto inclui aluguel de bicicletas para o tipo de passeio, com todo o aparato de segurança. E surgem grupos específicos, como o Pedal do Batom, formado só por mulheres. Mas esse, segundo ele, é para as que estão mais treinadas em termos de trilhas com percurso maior.

A paixão pelas bikes se disseminou após campeonatos no Cariri. As belezas naturais atraem atletas de todo o Nordeste para o MTB 6 horas, no Crato, no Distrito de Santa Fé. São 170 quilômetros percorridos. E não há local específico, o grupo apenas escolhe entre áreas de preservação, como Sítio Fundão, no Crato; o Sítio Arajara, em Barbalha; Baixio do Muquém, Vila Padre Cícero, Sítio Rosto e Cascata, no Crato. Resta se habilitar a seguir nas trilhas.

 

Ciclo Turismo

O cicloturismo vem ganhando vários adeptos nos últimos anos. O que antes era uma prática individual ou de pequenos grupos de amigos, hoje é um grande atrativo turístico no Cariri. 

Uma opção para quem quer unir o prazer do turismo a uma atividade física é o cicloturismo,  prática que proporciona, além do bem estar físico, a oportunidade de se conhecer um pouco mais da natureza e da história local.

Na Região do Cariri existem grupos que se aventuram pelas ruas, estradas e trilhas que passam pelos centros urbanos, pequenos vilarejos na zona rural e até pelas encostas da Chapada do Araripe.

Muitos dos passeios são feitos pelas várias trilhas que cortam a Floresta Nacional do Araripe, local com rica biodiversidade, onde é possível contemplar belezas naturais, como plantas nativas e animais silvestres.

Os percursos realizados na zona rural do Cariri são um outro atrativo. Na cidade do Crato, o professor universitário Alison Honório costuma realizar seus passeios por estradas e trilhas que cortam a encosta da Chapada. Seja só ou acompanhado, Alison encontra no cicloturismo uma oportunidade de fazer atividade física de forma prazerosa, longe de quatro paredes.

Praticar o cicloturismo é uma forma interessante de se conhecer um pouco mais da história dos locais visitados durante o trajeto.

Um bom exemplo, é a estrada que passa pelo Sítio Bebida Nova em Crato. No local, foi instalado na década de 1940 um engenho de cana de açúcar que produzia rapadura e cachaça que foi largamente produzida por várias décadas.

A famosa Cachaça Bebida Nova, era produzida no engenho que leva o mesmo nome da propriedade, onde ainda é possível ver as instalações do antigo engenho e conhecer a arquitetura da casa grande da propriedade em estilo colonial. Ao visitar o local, é possível conhecer um pouco mais da história da vida de seu morador, o senhor Nilton Peixoto, que se confunde com a história da propriedade.

 

 

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