Historicamente as sociedades estabelecem seus padrões, em geral com base em modelos definidos por determinados grupos hegemônicos. No Brasil, assim como todos os estereótipos relacionados à raça negra, o cabelo crespo e cacheado foi adjetivado como ruim. À procura de uma estética ideal – leia-se com base no padrão europeu, foram criados artifícios mecânicos de alisamento, como ferro quente e a chapinha, como também procedimentos químicos, que modificam a estrutura biológica dos fios. Tais procedimentos ganharam cada vez mais adeptos, em sua maioria mulheres negras que durante a infância sofreram algum tipo de preconceito e viram no alisamento a solução para esconder suas características.
Este Webdocumentário tem como objetivo fomentar discussões relacionadas à história e à cultura, que explicam situações vividas atualmente pela nossa sociedade e apresentar a você como o cabelo auxilia na construção da identidade de um indivíduo, através da perspectiva de pessoas que enfrentaram o medo de fugir dos padrões sociais para assumirem sua verdadeira identidade. Porque não é questão de parecer, é questão de ser. Meu Cabelo, minha identidade!