Quinze projetos de extensão da UFCA concorrem a prêmio de até R$ 1.500

Foto: Flickr UFCA.

Por Júlia Marques

No dia 30 de agosto serão conhecidos os vencedores do concurso “Você Faz a Extensão”, competição realizada pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Cariri (UFCA). Os primeiros colocados receberão prêmios que variam de R$ 500 a R$ 1.500. Para concorrer era preciso produzir um vídeo com duração máxima de dois minutos, descrevendo o projeto que desenvolve, seus objetivos e impactos sociais. Quinze projetos se candidataram e agora correm atrás do engajamento do público. 

As inscrições da competição se estenderam do dia 8 a 15 de agosto, com participação restrita a estudantes vinculados a projetos regularmente cadastrados no setor. Os vídeos foram publicados no YouTube pelo perfil de cada projeto ou competidor. Os vencedores serão os projetos cujos vídeos receberem maior número de curtidas, compartilhamentos e comentários na rede social até o dia 30 de agosto, quando será anunciado o resultado oficial durante a programação do Encontro de Extensão (ENEX).

Segundo a Pró-Reitoria de Extensão, um dos principais  objetivos do concurso é angariar maior visibilidade para o extensionista e suas ações através das redes sociais, além de buscar maior interação do público com as atividades do setor. O tema geral do ENEX este ano – “Universidade e Sociedade” – dialoga justamente com a relação da UFCA com a comunidade externa. 

Os participantes

Ums dos participantes é o projeto B de Boa: Comunicação do Bem, uma agência de notícias positivas que atua no bairro Triângulo, na cidade de Juazeiro do Norte. A ação realiza oficinas em jornalismo para capacitar os moradores locais a gerir as redes sociais e site que o projeto vem desenvolvendo e que serão doados à comunidade.

A extensionista Thays Silva, integrante da agência de notícias B de Boa, destaca a importância da visibilidade que a competição traz para as ações do projeto, em especial para oportunidade de divulgar seu trabalho no bairro. “A própria população de lá tem uma imagem negativa do bairro triângulo, a gente vê isso, entende? E falta esse senso de ver que existem também coisas positivas. Lá têm várias associações e projetos direcionado para prevenção de crianças e adolescentes que é muito bacana”, explica a estudante. 

A Revista Bárbaras é uma publicação semestral dedicada a contar as histórias de mulheres, com foco no cariri cearense, em busca visibilidade para essas personagens e suas vivências. A ação conta com 5 participantes bolsistas e voluntárias e recebe novas colaboradoras em todas as edições.

A estudante Laura Brasil, bolsista da Revista Bárbaras, declarou que o impacto da projeto é bastante positivo. “Mas nós conseguimos trazer pessoas que muitas vezes nunca se interessaram pelo jornalismo para escrever na revista e também ler. Juntamos jornalismo, feminismo, literatura, artes visuais, cultura  e pesquisa. Muitos aspectos de que a comunidade precisa ter contato!”, completou ela.

Outro projeto concorrente, o UFCão, realiza palestras e minicursos em espaços espalhados por todo o Cariri para promover a conscientização contra o maus tratos a animais. O projeto  desenvolve ações em parceria a uma causa voluntária de mesmo nome que trabalha para cuidar dos animais que chegam ou são abandonados na campus da universidade.

A importância da extensão na relação universidade e sociedade também foi fortemente defendida por todas as participantes entrevistadas. “Em algumas escolas que a gente vai as pessoas nem sabe que existe a UFCA! Eu fico preocupada…”, relatou Fernanda Bastos, bolsista voluntária e idealizadora do projeto UFCão. “O que eu fico muito grata e o que me faz ter esse ‘xodó’ pela extensão é justamente  esse fato de mostrar às pessoas o que tem na região e que é pra elas! O que ela (a universidade) trabalha ela tenta devolver pra comunidade, essa é a ideia, é uma troca. Então os projetos de extensão tem essa responsabilidade, levar e mostrar que existe uma UFCA que está de portas abertas para recebê-los”, completa ela.

Todas as estudantes entrevistadas relataram a intenção de converter total ou parcialmente a verba da premiação para o desenvolvimento de suas ações e para causas sociais em que se envolveram durante suas atividades.