Por Cleiviane Vasconcelos
Na tarde do domingo, 25 de agosto, na Praça Alexandre Arraes, na cidade do Crato, um grupo de aproximadamente 15 pessoas se reuniram para praticar idiomas. Essa é uma prática rotineira do Clube Poliglota, grupo independente, criado em 2016 com o objetivo de aprendizagem colaborativa em idiomas.
O encontro iniciou por volta das 16:30, no centro da praça Bicentenário, como é conhecida na cidade do Crato. Em círculo e de pé, cada participante falou um pouco de si, praticando o idioma de interesse. A maioria falou em inglês, mas entre uma fala e outra, surgiram comentários em italiano, francês, espanhol, alemão, coreano entre outros.
Aberto para pessoas de todas as idades, a dinâmica propõe aprendizado de modo informal e descontraído, o que faz do encontro um espaço para conhecer pessoas, aprender e se distrair de forma prazerosa. A grande maioria dos participantes são autodidatas e entusiastas das várias línguas. “Eu falo Inglês, comecei a estudar coreano, francês, alemão, árabe… mas não dava pra fazer todos, então decidi focar no inglês e no coreano. Eu aprendo por meio de aplicativos e pratico aqui no Poliglota”, declara Maria do Socorro.
A grande maioria dos participantes têm apenas o inglês como segunda língua, mas alguns membros falam pelo menos três idiomas. Como é o caso de Ivan Silva, que fala inglês, espanhol, francês, esperanto, libras e agora está aprendendo italiano. “Quando você aprende outro idioma, você abre a porta para conhecer uma cultura específica e um povo específico. Através do idioma você entra na cultura e através dela você se torna um deles”.
É comum durante os encontros, após o momento inicial de apresentação, os participantes se dividirem e formarem grupos menores, de acordo com o idioma de interesse. Segundo Maria do Socorro, uma das coordenadoras, hoje o grupo desenvolve a prática da conversação em aproximadamente dez idiomas, mas não é sempre possível a formação de grupos para todos, pois não é sempre que tem duas pessoas interessadas no mesmo idioma. Isso acontece com os menos populares, como o Nheengatu, língua brasileira do século 16 e 17, que tem base no vocabulário e pronúncia tupi, e que foi proibida no século 18, pelo rei de Portugal.
Sucesso
Ivan Silva, um dos fundadores, conta que quando o grupo foi criado o foco era no Esperanto, porém os coordenadores, que também são professores, identificaram a necessidade das pessoas em praticar o inglês, então abriram o grupo para a prática de outros idiomas. O primeiro encontro aconteceu em dezembro de 2016, em um espaço fechado com noventa lugares e o espaço ficou completamente lotado. A partir desse dia, decidiram que os encontros deveriam ocorrer em praças públicas, acessíveis a quem interessar.
Os encontros são totalmente gratuítos e por lá é comum encontrar pessoas com habilidades em diversas línguas. O projeto está aberto também para quem só fala o português mas tem a intenção de aprender um segundo idioma. É importante ressaltar que o português tem suas funções nesses encontros, visto que o espaço é aberto também para estrangeiros que querem aprender a língua oficial brasileira.
Serviço
Os encontros ocorrem em datas fixas, sempre nos segundos e quartos domingos de cada mês. Em Juazeiro do Norte e Crato, respectivamente.
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