• Instituto afirma que Juazeiro do Norte é a única cidade do Ceará com risco de estresse hídrico

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29 de agosto de 2019 por 

Por Marcello Nunes | Foto: Anderson Duarte (Prefeitura de Juazeiro do Norte)

A World Resources Institute divulgou no último dia 7 um relatório que reúne os principais locais do mundo que podem vir a sofrer com a falta d’água. Três cidades do Nordeste marcam presença na lista, sendo Juazeiro do Norte a única do Ceará.

Chamado de Aqueduct Water Risk Atlas, o estudo avalia a situação das cidades e regiões de 189 países e lista quais correm mais risco de sofrer com estresse hídrico. Petrolina, no Pernambuco, Juazeiro, na Bahia, assim como Juazeiro do Norte, são as cidades do Nordeste que se encontram em “alerta vermelho”, de acordo com o mapa divulgado pela instituição.

Estresse hídrico ocorre quando não há água o suficiente para suprir a demanda em uma localidade. A instituição cita a crise climática, degradação do meio-ambiente, consumo excessivo e desperdício como os maiores responsáveis pela falta do recurso natural. Além disso, o próprio clima e a vegetação do município cearense já são indicadores de risco de escassez de água.

Francisco Teixeira, Secretário de Recursos Hídricos do Ceará, cita o Projeto de Integração do Rio São Francisco como fundamental para garantir água no futuro. “Acredito que com essas águas do São Francisco, que vão passar pelo Cariri, somado à perfuração de poços, que está em andamento, a região não somente terá garantia hídrica como poderá seguir crescendo.”

Juazeiro do Norte está localizada sobre uma bacia hidrológica que, segundo Francisco, tem o seu nível e qualidade de água monitorados, já que com o crescimento da cidade, a reserva vem sendo afetada. “Um dos motivos que explicam a baixa no volume do Aquífero é o aumento da demanda advinda com o crescimento populacional do Cariri e o surgimento de indústrias. O crescimento, em si, não é um fardo”, afirma o Secretário.

Mesmo com a já conhecida seca, Juazeiro do Norte só veio passar por uma possibilidade real de ficar sem água há mais de um século atrás, durante a seca de 1915, e agora, no ano em que a Terra esgotou os recursos renováveis para o restante do ano mais cedo, o medo volta à tona.

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