Por Vitorino Silva | Ilustração Júlia Marques
Estudantes de Jornalismo da Universidade Federal do Cariri (UFCA) lançaram no último dia 30, a Corte Seco: revista audiovisual. A publicação faz parte de um projeto vinculado à Pró-reitora de Cultura (Procult). O lançamento marcou o encerramento do V Foto Síntese – evento de fotografia da UFCA em parceria com o Centro Cultural Banco do Nordeste.
Coordenado pelos professores Ricardo Salmito, Rodrigo Capistrano e Luís Celestino, a revista é um espaço de visibilidade para os diversos formatos de audiovisual produzidos atualmente no Brasil e no mundo, dando ênfase à cultura caririense. A publicação surgiu da união de três projetos da Universidade: Cultura e Visualidade, Cineclube UFCA e o Fórum de audiovisual da UFCA. Além disso, a revista traz um aspecto de coletividade já que, somado aos bolsistas fixos, conta ainda com diversos colaboradores espontâneos que selecionam e escrevem suas próprias pautas de acordo com suas áreas de interesse. Sem os colaboradores, seria impossível a realização de qualquer etapa.
Não por acaso a revista se chama “Corte Seco”, que é uma das técnicas mais usadas do cinema, consistindo na mudança de uma imagem a outra sem nenhuma transição. “É um corte entre respirações”, como explicou a criadora do projeto gráfico, Júlia Marques. A revista reúne formatos como resenhas, ensaios e poemas relacionados ao universo cinematográfico.
O Curta Taquary – festival internacional de curta metragem realizado uma vez por ano em Taquaritinga do Norte, Pernambuco – deu um gás na criação da primeira revista audiovisual da UFCA e é destaque dentro desta edição com curtas-metragens premiados como destacou o proponente de um dos projetos envolvidos, Paulo Rossi.
Diferentemente do lançamento na cidade de Nova Olinda, onde foi revelada ao público pela primeira vez, o relançamento do projeto no último dia de Foto Síntese contou com o acréscimo de mais duas páginas, ilustrações e um poema inédito. “Revistas assim são fundamentais porque estamos em um período de cortes e de críticas infundadas ao campo da cultura. E isso é um risco muito grande, pois o audiovisual é o lugar onde a gente pode se ver e dar visibilidade aos diversos Brasis”, disse o professor e coordenador Ricardo Salmito.
Devido aos bloqueios de recursos anunciados pelo governo federal em 2018, mesmo a revista tendo sido pensada para ser impressa no formato A5 horizontal, a primeira edição foi disponibilizada apenas em formato digital. Os organizadores seguem com uma espécie de lançamento itinerante e o projeto deve ser lançado em outros lugares. A segunda edição chega no fim do ano.
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