Por Maria Clara Mesquita, Mariana Bezerra e Windson Viana
Foto: Ascom/Cagece
94,1% dos domicílios de Juazeiro do Norte são atendidos pela rede de abastecimento de água. É o que apontam os dados sobre os domicílios brasileiros, levantados pelo IBGE no censo de 2022. Mesmo com o alto índice, acima da média estadual, o fornecimento de água ainda é irregular em alguns bairro. Mesmo com a contratação da empresa Consórcio Telar/Augusto Veloso, em 2022, para realizar obras de melhoria na rede, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), responsável pelo abastecimento de água na cidade, ainda não conseguiu reverter a situação. Parte da população continua a reclamar de falta d’água.
De acordo com a Consórcio Telar/Augusto Veloso, a cidade precisou passar por reforma na infraestrutura dos canos de transporte de água submersos nas ruas, como forma de solucionar o problema. As obras pelas ruas foram iniciadas em novembro de 2022. Luiz Carlos, engenheiro da empresa, explica que o objetivo é construir dois tanques de abastecimento com capacidade para armazenar 12 milhões de litros de água.
Mesmo com os aprimoramentos, a falta de água ainda é uma dura realidade para moradores dos bairros Novo Juazeiro, Leandro Bezerra, Limoeiro, Pio XII, Timbaúbas, Pirajá e Franciscanos. “Aqui no bairro Novo Juazeiro, a falta de água ainda está um desafio. Quando falta água, tudo fica mais complicado. Minha mãe é doente e precisamos trocar os panos da cama quase o tempo todo. Se não tem água, acumula muita coisa, e é difícil dar banho nela e fazer a limpeza do quarto”, afirma Cleidiane Leandro, moradora do bairro Novo Juazeiro.
Atualização das obras
A primeira etapa se dá pelo processo de desabastecimento das tubulações, que consiste em suspender a distribuição de água em alguns bairros. Como aconteceu, de acordo com o informe da prefeitura municipal de Juazeiro do Norte, no dia 13 de janeiro de 2024. Assim, o abastecimento foi suspenso nos bairros Novo Juazeiro, Leandro Bezerra, Limoeiro, Pio XII, Timbaúbas e Vila Fátima, além de parte do Pirajá e Franciscanos. O abastecimento foi normalizado em 48h.
Após o desabastecimento acontece o processo de ‘furo’. Que abre o solo para ter acesso às tubulações antigas e desta forma realizar a troca da encanação antiga para uma que suporte a pressão da água. Como aconteceu no bairro José Geraldo da Cruz, em 21 de fevereiro de 2024.
Porém, em alguns bairros, como no Tiradentes, a obra ainda não iniciou. “Aqui em casa todos os dias falta água, principalmente na época de Romaria. É um sufoco, levantamos cedo para encher os baldes e para mim o gasto é maior, porque temos que armazenar água para quando não tiver e continuar usando das torneiras”, relata Maria Bezerra, moradora do bairro. “Eu espero que melhore essa nossa situação, e que a gente tenha água todos os dias, sem precisar desse sofrimento de encher baldes e que as contas de água diminua”, revela a moradora.