• O espetáculo “Cachorros não sabem blefar” foi apresentado na XV Mostra Sesc de Culturas do Cariri

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15 de novembro de 2013 por 

O segundo dia de Mostra Sesc Cariri de Culturas, contou com a apresentação da Cia. 5 Cabeças, de Belo Horizonte (MG), no Teatro Sesc Patativa do Assaré, na unidade do Sesc Juazeiro do Norte. O grupo já propõe um título um tanto curioso para o trabalho: Cachorros não sabem blefar. Uma obra que tem o tempo e suas questões como um dos motes da encenação.
Com uma clima de suspense, o trabalho conta a história de Caio, dono de um relógio que insiste em marcar o mesmo horário: 9:15. De supetão, cinco pessoas que vivem em um “estado limite” – de muita tensão, vão surgindo na caixa cênica. Confinados em redor de uma banheira, um sofá velho e um telefone, eles vão expondo seus dilemas existenciais. A incomunicabilidade, a espera e a intolerância são algumas das atmosferas do espetáculo.
O autor e diretor do trabalho, Byron O’Neill, conta que todos que participam da peça deram uma parcela de colaboração com base nas suas inquietações, através de muitas pesquisas e reuniões coletivas com o grupo, conseguiram montar o espetáculo e o texto foi escrito em meio a esse processo. O resultado é uma obra densa, precisa e ao mesmo tempo, de um humor bobamente ácido, que levou o público de Juazeiro às gargalhadas.
A Apresentação

O espetáculo envolve cinco desconhecidos que estão presos num ambiente que tem apenas um telefone, uma banheira e um sofá. O único relógio marca sempre a mesma hora. Os diálogos não fazem muito sentido, dão voltas e parecem sempre retornar ao mesmo ponto. A iluminação é escura e a fumaça que envolve o palco dificulta que se enxergue bem os atores. Para completar o cenário, todos os personagens teem um ódio inexplicável pelo nome Caio.

Descrito desta forma, o espetáculo “Cachorros não sabem blefar” pode parecer um pouco estranho. Mas a proposta da Cia. 5 Cabeças é justamente essa. Fazer o espectador questionar o tempo, as relações humanas e as certezas de cada um. O espetáculo segue a linha do Teatro do Absurdo, em que a lógica do início, meio e fim não tem a menor importância e cuja característica principal é justamente um tratamento inusitado da realidade.

O espetáculo dura cerca de 50 minutos, o espectador se envolve no universo daqueles personagens estranhos que têm questionamentos absurdos. A cada nova ação, a plateia fica curiosa para saber o que vai acontecer no minuto seguinte. Quando o telefone toca, o clima de suspense indaga: quem estaria telefonando? Seria a possibilidade de comunicação com o mundo exterior? Várias questões são criadas ao longo de toda a apresentação.

 

Para mais informações sobre o grupo acesse a página da Cia5Cabeças

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