22 de abril de 2014 por 

Uma série de negócios questionáveis e transações duvidosas assolam a Petrobras (Companhia de Petróleo Brasileiro). A empresa estatal tem enfrentado uma investigação federal, sobre supostas propinas paga aos seus empregados por uma empresa holandesa, em troca de contratos de plataformas de petróleo e perfuração. A crise desse gigante da economia brasileira tem afetado diretamente a imagem da presidente Dilma Rousseff. Antes da sua posse em 2011, ela era presidente da Petrobras e foi um acordo mal assinado que saiu como um tiro “pela culatra”, reverberando em uma imagem negativa e pondo em questão suas habilidades gerenciais. Um desses acordos envolveu uma participação de 50% na Pasadena Refining System da Astra Oil Trading por US $ 370 milhões.

Armas da oposição

Esta sucessão de revelações, de contratempos da empresa, levou líderes da oposição a denunciar outras negligências envolvendo tanto a Petrobrás quanto a presidente. Em um ano eleitoral os interesses políticos já estão evidenciados nas acusações da oposição, mas a posição de Dilma ainda está pouco abalada. De fato o seu governo tem pressionado até os próprios aliados, que usam de um humor rebelde para não se juntarem a oposição e pedir uma CPI. Ainda assim esta última é a maior munição a ser usada durante a campanha eleitoral.

Futuro da Petrobras

Sobre a Petrobras, sabemos que ela não está na sua melhor forma. E mesmo que essa investigação exceda uma operação puramente política, não garante um futuro promissor para a Petrobras ou para o governo brasileiro atual. Reveses e atrasos de produção nos novos campos estão colocando a meta de crescimento da empresa em risco. Considerando-se que a produção dos campos mais antigos está caindo, o panorama não é favorável, e que a empresa poderia entrar em um ciclo vicioso em que o financiamento de suas operações tornar-se-á ainda mais caro.

Politicamente, outras negociações estão em curso dentro do Congresso Nacional. As tropas aliadas de Dilma estão ameaçando começar a investigar irregularidades nos contratos executados pela oposição, como ferrovias de São Paulo. Há um conflito iminente ou talvez os políticos vão chegar a um acordo e os casos serão descartados? Certamente Dilma Rousseff fará tudo o que puder para mostrar o progresso em todos os campos da Petrobras antes das eleições presidenciais. O campo de batalha (circo) está armado.

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