• Praça vira ponto de encontro para quem quer praticar línguas estrangeiras

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27 de agosto de 2019 por 

Por Cleiviane Vasconcelos


Na tarde do domingo, 25 de agosto, na Praça Alexandre Arraes, na cidade do Crato, um grupo de aproximadamente 15 pessoas se reuniram para praticar idiomas. Essa é uma prática rotineira do Clube Poliglota, grupo independente, criado em 2016 com o objetivo de aprendizagem colaborativa em idiomas.

O encontro iniciou por volta das 16:30, no centro da praça Bicentenário, como é conhecida na cidade do Crato. Em círculo e de pé, cada participante falou um pouco de si, praticando o idioma de interesse. A maioria falou em inglês, mas entre uma fala e outra, surgiram comentários em italiano, francês, espanhol, alemão, coreano entre outros.

Aberto para pessoas de todas as idades, a dinâmica propõe aprendizado de modo informal e descontraído, o que faz do encontro um espaço para conhecer pessoas, aprender e se distrair de forma prazerosa. A grande maioria dos participantes são autodidatas e entusiastas das várias línguas. “Eu falo Inglês, comecei a estudar coreano, francês, alemão, árabe… mas não dava pra fazer todos, então decidi focar no inglês e no coreano. Eu aprendo por meio de aplicativos e pratico aqui no Poliglota”, declara Maria do Socorro.

A grande maioria dos participantes têm apenas o inglês como segunda língua, mas alguns membros falam pelo menos três idiomas. Como é o caso de Ivan Silva, que fala inglês, espanhol, francês, esperanto, libras e agora está aprendendo italiano. “Quando você aprende outro idioma, você abre a porta para conhecer uma cultura específica e um povo específico. Através do idioma você entra na cultura e através dela você se torna um deles”.

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Foto: Paulo Anaximandro

É comum durante os encontros, após o momento inicial de apresentação, os participantes se dividirem e formarem grupos menores, de acordo com o idioma de interesse. Segundo Maria do Socorro, uma das coordenadoras, hoje o grupo desenvolve a prática da conversação em aproximadamente dez idiomas, mas não é sempre possível a formação de grupos para todos, pois não é sempre que tem duas pessoas interessadas no mesmo idioma. Isso acontece com os menos populares, como o Nheengatu, língua brasileira do século 16 e 17, que tem base no vocabulário e pronúncia tupi, e que foi proibida no século 18, pelo rei de Portugal.   

Sucesso

Ivan Silva, um dos fundadores, conta que quando o grupo foi criado o foco era no Esperanto, porém os coordenadores, que também são professores, identificaram a necessidade das pessoas em praticar o inglês, então abriram o grupo para a prática de outros idiomas. O primeiro encontro aconteceu em dezembro de 2016, em um espaço fechado com noventa lugares e o espaço ficou completamente lotado. A partir desse dia, decidiram que os encontros deveriam ocorrer em praças públicas, acessíveis a quem interessar.

Os encontros são totalmente gratuítos e por lá é comum encontrar pessoas com habilidades em diversas línguas. O projeto está aberto também para quem só fala o português mas tem a intenção de aprender um segundo idioma. É importante ressaltar que o português tem suas funções nesses encontros, visto que o espaço é aberto também para estrangeiros que querem aprender a língua oficial brasileira. 

Serviço

Os encontros ocorrem em datas fixas, sempre nos segundos e quartos domingos de cada mês. Em Juazeiro do Norte e Crato, respectivamente.

Mais informações podem ser obtidas no Instagram no Facebook

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