Com a abertura da Orient Cinemas no Cariri Garden Shopping começou a procurada pelas carteiras de estudante, um direito garantido por lei
O problema é a maneira que essa demanda acontece. É fácil de perceber a quantidade de carteiras falsas para os usuários pagarem meia-entrada, uma das formas encontradas para subverter o alto preço nos fins de semana.
Algumas empresas já começaram a produzir carteiras sem a comprovação que as pessoas estão matriculadas em alguma instituição de ensino, ocupando o lugar daqueles que realmente merece esse direito, os estudantes. Essa manobra acaba causando prejuízo para as empresas, não só do cinema mas qualquer evento cultural, como teatro ou shows. E quem sai perdendo são aqueles que pagam uma entrada completa, os proprietários precisam cobrir seus gastos e receber o juro devido das apresentações, assim aumentam o preço dos ingressos inteiros (consequentemente há um aumento da meia-entrada), podendo cobrir o orçamento desejado. Graças ao superfaturamento das entradas muitas famílias acabam abrindo mão do “direito a cultura”, que serviria para seu desenvolvimento crítico e intelectual, preferindo ficar em casa assistindo programas da televisão aberta.
Essa relação acontece porque o governo brasileiro garante o direito da meia-entrada para estudantes e idosos sem direcionar nenhuma verba com a função de cobrir as despesas dos organizadores. Duas medidas possíveis são: O governo auxiliar nas despesas de eventos culturais que respeitem o direito do estudante ou o fim desse benefício, assim os preços cairiam para um preço único, que por logica seria um valor aproximado do pago pelos estudantes.